O comércio dos livros na Europa se estabeleceu no século XII em Bolonha e Paris. A sua origem se deve aos estudantes das leis e às universidades. Antes dessa época não há referências a estabelecimentos especializados no comércio livreiro. Havia vendedores públicos, mas até o século seguinte não há, que se saiba, notícia alguma de livreiros.
Estes
vendedores chamavam-se stationarii,
nome derivado dos balcões em que faziam o seu negócio. Na baixa latinidade, statio significava geralmente loja. Nos
antigos estatutos das universidades de Paris e Bolonha, há registros de
comerciantes que vendiam livros por comissão e, às vezes, os distinguem dos librarii, palavra que significava a
princípio só os copistas de livros. Mais tarde esse termo foi aplicado aos que
negociavam com eles. Os stationarii
vendiam o pergaminho e os outros materiais necessários para a escrita. Também
exerciam as ocupações de encadernadores e iluminadores. Provavelmente
distribuíam trabalho aos copistas, pois haviam pessoas nas universidades e nas
grandes cidades especializadas em fazer cópias manuscritas de livros. Mesmo
antes da invenção da imprensa, as obras de gramática, leis e teologia se
multiplicavam para atender as necessidades das escolas.
Estas
cópias, porém, tinham muitas incorreções e um alto custo, até a invenção da
tipografia. O surgimento da imprensa acabou com esta ocupação liberal. Os
copistas, é lógico, tentaram dificultar a disseminação da tipografia, mas todos
os seus esforços foram
Os
primeiros tipógrafos eram sempre livreiros e vendiam as próprias edições; as
duas ocupações foram separadas somente no começo do século XVI.
Os riscos da venda naquela época, em que o saber estava bem longe de ser vulgar, combinados com o grande custo das obras (pela grande carestia do papel e dos outros materiais necessários para a impressão) tornavam complicado e dificílimo o comércio dos livros naquele tempo.
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